segunda-feira, 1 de maio de 2017

Café  Saudade // Sintra




Andava há que tempos para fazer uma publicação sobre esta pérola escondida na vila de Sintra.
Já foi à mais de um ano que estivemos em Lisboa e demos um saltinho até Sintra.
Um dia a ameaçar chuva, entre o chove e não chove, eu e o meu marjdo sem sabermos muito bem o que fazer à vida e uma única permissa não ficar em casa. Rumámos a Sintra. Adorei Sintra.
Apesar de estar muito "comercializada" e já longe do tempo dos príncipes e das princesas contínua a ser um sítio mágico, onde como diz o Malato "eu já foi feliz".
Rumámos a Sintra com a vontade de visitar o Palácio da Pena, onde já podem ver uma publicação aqui no blogue, mas também com vontade de comer umas lambarices!
No centro histórico desta vila bonita e romântica descobrimos este espaço, próximo da estação de comboios de Sintra, num palacete, onde já funcionou em tempos uma antiga e famosa fábrica de queijadas de Sintra, conhecida como "Casa Mathilde".
Antiga fábrica de queijadas da Mathilde, muito apreciada pelo rei D. Fernando II. Ou seja, dentro do sítio que eu almocei já  esteve um rei!
O espaço é  mais do que um café que serve perfeitas maravilhas é também uma galeria de arte e vende vários artigos tradicionais portugueses.
O Café  Saudade está dividido por várias áreas, que estão preenchidas de bonitos recantos com vida própria. É um espaço 100% português, tem uma alma portuguesa, com a qual me identifiquei onde me senti em casa e onde me foi dada a opotunidade de viajar no tempo através dos inúmeros pormenores, desde o mobiliário, aos serviços de loiça, às coloridas rendas e pegas feitas à mão, aos pratos antigos na parede, aos retratos de família a preto e branco, aos bolos caseiros e à doçaria regional.
Toda a decoração é tão rústica e acolhedora.
O chão é feito de mosaicos antigos e muda de divisão para divisão, os tectos são trabalhados, os candeeiros são antigos, os pratos coloridos.
Ir ao Café  Saudade é como ir lanchar à casinha da avó.




Todo o ambiente delicioso é realçado pelo cheiro a bolos quentes. Depois do cheiro a bebé, este é para mim o segundo melhor cheiro do mundo.
Eu comi uma tosta em bolo do caco que são uma especialidade do Café Saudade.
Para beber o sumo do dia era um néctar dos Deuses (melancia, ananás e morangos) enfim um festim de sabores. Para sobremesa uma tarte de maçã com leite condensado.








Mas tem tanta coisa boa por provar desde os scones gigantes ( ao nosso lado um casal comia os scones gigantes, daquelas coisas pecadoras que não se pode ver) os parfaits de iogurte, muesli e fruta, as torradas em pão de passas ou o bolo levêdo dos Açores.
Lá dentro a Internet é fraca, um óptimo pretexto para largar as redes sociais e apreciar o momento com a nossa companhia.




Fica sem dúvida a saudade e a promessa de voltar um dia.
E se todos os motivos eram bons para ir a Sintra, com a descoberta do Café  Saudade os motivos aumentam.
Claro a minha linda recordação deste espaço só podia ser uma andorinha. Uma peça que rapidamente integrou e povoou o artesanato e imaginário popular português. Ave migratória que aquando do seu regresso a um determinado sítio procura construir o seu ninho sempre no mesmo local onde anteriormente habitara, a andorinha, por possuir um único parceiro ao longo da vida, assumiu um simbolismo conotado com valores como lar, família, mas sobretudo amor, lealdade e fidelidade.




Depois de almoçarmos no Café Saudade demos um passseio pela costa e visitamos a praia das maçãs, areias douradas e foz do rio que lhe dá nome, conta-se que no Outono o rio transportava até ao areal muitas maçãs provenientes das quintas que atravessava, dando nome à praia.





Por fim fomos até  à praia das Azenhas do Mar, um verdadeiro postal ilustrado.
As azenhas do mar surpreendem pela sua situação geográfica, com as casas a descerem em cascata pelo declive da arriba até ao mar.



E vocês já visitaram Sintra?!
Que outros locais de Sintra aconselham a visitar?
Obrigada por voltarem aqui ao país das maravilhas.
Bom feriado a todos.