Foi no sábado passado que fomos experimentar o Porta 93, em Viana do Castelo
A decisão de irmos lá , foi um pouco imprevista, porque os nossos planos iniciais eram visitar o espaço "À moda antiga retro market e bistro", mas estavam fechados para férias.
E antes de vos tranportar para esta viagem de sabores, partilho convosco o que nos aconteceu.
Lá fomos nós rumo a Viana do Castelo, com o nosso GPS e nada de nos aparecer o restaurante. A nossa sorte, encontramos um casal amigo (que mora nessa rua) e que gentilmente foi connosco até à nova morada: Casa Melo Alvim.
Fomos para um almoço romântico e intimista de comemoração de uma década de namoro! Foi um daqueles dias, em que queremos pousar os telemóveis, ignorar a televisão e saborear o prato e a companhia. Um espaço para se estar com quem mais se quer e para fazer-nos sorrir entre cada garfada.
Viana do Castelo é a região verde de Portugal, é a terra das papas de sarrabulho, dos rojões, do cozido à portuguesa, do caldo verde e, para adoçar, conta ainda com o arroz doce e o leite creme.
Em 2013, o Porta 93, foi responsável por dar frescura (para alguns, quase heresia) ao panorana de restaurantes de Viana do Castelo. Tentando corresponder às exigências de uma população que procura uma cozinha mais contemporânea, gourmet, mais sofisticada, não só a tradicional.
O restaurante, liderado por Mariana Parra, foi-se impondo, ganhando o seu próprio espaço, graças à forma apaixonada e criativa com que a chefe foi trabalhando os produtos locais e o receituário minhoto.
Há sítios que eu sei que nunca vou sair de lá desiludida, prove o que provar. O Porta 93 é um deles.
A sala é pequenina , sóbria. A decoração é um primor, simples com pequenos "toques" em cada recanto, transformando este espaço num local agradável. Destacam-se as fainças nas paredes e alguns livros, que conferem um ambiente familiar. Se há palavras para descrever todo o ambiente do Porta 93 a minha de eleição será pormenores ( que eu adoro, já sabem).
A música descontraída e envolvente que convida a ficar.
Ah, aproveitem estes últimos dias de sol e usufruam da esplanada.
A colaboradora é muito pro activa na informação, simpatiquissima e atenta mas também informal.
Os pratos são únicos, confeccionados com brio, com paixão, criatividade, com apresentação, sabores e texturas surpreendentes.
Apetece provar tudo até um prato típico como um cozido à portuguesa é reinventado, sem perder os sabores característicos.
É notória não só a qualidade na confecção da comida, como também a qualidade dos ingredientes sempre frescos.
Tudo equilibradissimo e no ponto. A única desvantagem é o menu ser um pouco reduzido.
O meu prato foi este: Salada de Niçoise, um prato composto por naco de atum corado com coração de alface, ovo a baixa temperatura, feijão-verde salteado, tomate cereja confitado, tapenade de azeitona, pickes de pepino e emulsão de balsâmico.
As sobremesas foram: cheesecake com compota de maçã e pavlova com recheio de limão e cobertura de morangos.
As sobremesas outra grande descoberta, sabores inesperados e muito equilibrados. Não há muito a dizer sobre este doce, mas fez a minha barriga sorrir e chorar por mais.
Sinceramente acho que não vale a pena adjectivar...vão experimentar!
Mais do que uma refeição, uma viagem gastronómica.
Quero voltar, muitas e muitas vezes! Quero muito explorar o resto da carta e provar os menus semanais que os mossos amigos tão bem nos falam.
Beijinhos
