segunda-feira, 27 de março de 2017

Cantinho Mini Meu



Arcos de Valdevez, oferece todos os encantos de uma vila à beira-rio, mas agora tem um ponto obrigatório para estreantes - Cantinho Mini - Meu.
Andava a namorar há  tempos as fotografias que via no Intagram e no Facebook
Desde que vi o post da Patrícia no blogue,  para quem não conhece a Patrícia é bloguer/youtuber natural dos Arcos de Valdevez, foram longos tempos a desejar que as fotografias se materealizassem e eu pudesse comer.
Girls talk, uma palestra de alimentação saudável, um sábado e uma tarde fria de primavera levaram-nos até lá.


A entrada brinda-nos com puro amor. Uma emprega super amorosa que nos viu meio desorientadas porque não viamos ninguém da palestra, veio logo esclarecer que a palestra era no andar de cima.
Todo o espaço tem um ambiente acolhedor e familiar como se estivessemos a entrar na casa de um amigo querido.
Um sítio muito clean, com a predominância de brancos e cores doces e leves em tons pastel que tornam tudo mais adorável  (que me encantam e fascinam).


Gostei dos pormenores da decoração desde a loiça, às jarrinhas de flores, aos aventais das empregadas, as plaquinhas com frases originais, até às almofadas.
Este é um espaço para se estar. Não é  o típico café que vamos comer um lanchinho rápido e voltamos à rotina. É um espaço para desacelarar, para trazer pessoas de que gostamos e comer coisas que nos deixam com um sorrisinho no canto da boca.
Para conversar, para estudar, para ler aquele livro, revista ou jornal, com a música ligeira de fundo e a luz fantástica que se enquadra com as enormes janelas exteriores.
É  para sentir o tempo parar.


O espaço tem brownies, tartes, cheesecakes, muffins, macarrons entre outras coisinhas de babar.
Com a exposição nas prateleiras de chás biológicos, compotas caseiras, chocolates e outras coisas deliciosas.














Este sábado passado o Cantinho Mini Meu teve também a participação de uma palestra de alimentação saudável da estudante de nutrição e autora do blogue @healtycoconut.
Depois de alguns esclarecimentos sobre como ler o rótulo dos alimentos, sobre a quantidade de açúcares de cada alimento, sobre a importância dos superalimento e desmistificar alguns mitos ( o que me deixou mais admirada foi o iogurte da moda, o skyr, que afinal não é tão bom quanto dizem).
Fico feliz em ver que conseguimos um debate crítico e aberto sobre alimentação saudável em todas as vertentes que esta toca. Sem fanatismos, sem histerias, apenas partilhando a nossa perspectiva e respeitando a dos outros.





No fim da palestra, ficamos a beber um chá de camomila cons uns macarrons de baunilha e limão, gostei muito do sabor e da consistência.



Ficamos por lá sossegadas eu e a minha amiga a conversar sobre tudo e nada.
Fico feliz por ter a certeza de que não é só em Lisboa e no Porto que se encontram cafés tão pintorescos e gulosos.
Mais um ponto em Arcos de Valdevez que não podem deixar de visitar e babar.
Ficou por experimentar muita coisa - Imeeeensa - mas sim é promessa garantida de que tenho de regressar.
Cantinho Mini Meu, tens (mais) uma fã!



Ps: Não tinha fotografias do espaço em si, com o meu telemóvel não faria jus a tanta beleza, estas fotos foram gentilmente cedidas pela Catarina ;)
Muito obrigada!

quinta-feira, 9 de março de 2017

Trilho da lampreia

Trilho da Lampreia



Este último domingo fizemos o trilho da lampreia. Senti-me a Alice no país das maravilhas descobrindo paisagens deslumbrantes a cada curva.
Já falei aqui algumas vezes da Empresa Nature4 que conta com a iniciativa "12 trilhos, 12 experiências", onde cada mês fazem um trilho diferente.
Podem seguir as iniciativas deles na página de facebook Aqui.

Estas são as do mês de Março




Esta é  a iniciativa do próximo domingo na qual também quero participar.



Este foi o primeiro trilho que fizemos este ano e começamos a fazer checked com o carimbo do lobito no nosso passaporte de pedestrianista. Quando obtermos seis carimbos, estamos automaticamente habilitados a um sorteio que se realizará no final do ano. Entre os prémios estão um cabaz de produtos regionais (muito apetecíveis) ou uma entrada para o Park aventura.




O próximo para quem estiver interessado podem ver pelo meu passaporte é  o trilho da Águia real em Lordelo (Cabreiro) Arcos de Valdevez e são cerca de 7km.




Começamos então o percurso às 9:30 no lugar do Carregadouro em Jolda S.Paio freguesia pertencente a Arcos de Valdevez.
Aquele local onde iniciamos a caminhada outrora foi ponto de passagem para a outra margem e que teve enorme importância para a economia da região. Aí se fazia de barco a passagem de mercadorias e pessoas para a freguesia de Gandra, do concelho de Ponte de Lima.
Avizinhava-se um dia chuvoso mas as condições atmosféricas não nos dissuadiram.



Antes de começarmos a caminhada os nossos monitores fizeram uma breve introdução ao trilho, ao que uma das perguntas era se alguém sabia o nome anterior do rio Lima.

Curiosidades;
Reza a lenda, que guerreiros Celtas durante uma incursão às terras do Lima ao atravessá-lo perderam o seu chefe e a memória das suas origens, pelo que o rio passou a ser chamado de Lethes, ou seja, Rio do esquecimento.


Arrancamos e seguimos sempre pela margem direita do Lima, passando pelas freguesias de Padreiro, Távora e Souto.
Podemos observar as pesqueiras estrategicamente colocadas nas zonas mais estreitas do Lima ou menos perpendiculares à corrente, para a pesca da lampreia.





Logo no início da caminhada fiquei deslumbrada com a paisagem que encontrei. Ora zonas densas de uma verdura extrema com apenas o som dos imensos pássaros que por lá habitam ora zonas de um barulho ensurdecedor da água e dos desníveis que o rio apresenta e se havia zonas em que a água parecia que nem se mexia, havia outras em que a sua rapidez era impressionante com uma força devastadora.
Ainda bem que não chuveu muito nos dias anteriores porque creio que algumas zonas do percurso que fizemos passam o Inverno submerso, tal é a sua proximidade com o rio. O piso é muito regular e acessível e há várias placas a indicar os acessos.
Bem continuamos sempre com um monitor à frente e outro atrás para evitar a desfragmentação do grupo.
Adoro caminhar nesta altura do ano, observar as árvores no seu esplendor, os vários campos agrícolas, adoro o cheiro das mimosas e a sua cor amarelo-alegre o esplendor amarelo dos pom-pons é imbatível e sempre um prenúncio de que a Primavera está próxima.





Chegados à  confluência do Vez, começamos a sua subida, também pela sua margem direita, passando pelas freguesias de Guilhadeses e Santar continuando até ao campo da feira nos Arcos de Valdevez.





Seguindo sempre debaixo de frondosas árvores e uma densa vegetação que ladeia as margens do Vez.



"Em todas as coisas da natureza existe algo de maravilhoso" Aristóteles

Líquenes



Este então trata-se de um período muito apetecível para os pescadores locais, já que a pesca da lampreia é uma actividade com algum impacto social e económico.
A captura da lampreia data de muitos séculos e era feita através da utilização dos buracos naturais existentes entre as rochas à beira-rio.
No século passado a lampreia era abundante nos rios do Norte de Portugal, no Tejo, Guadiana e Zêzere. Desde os anos 60 tem vindo a registar-se um declínio nas capturas. A poluição e a construção de barragens parecem ser a principal causa deste desaparecimento.




A lampreia tem uma classificação pré-histórica ciclóstomo. É um ciclóstomo do grupo dos agnatas, o que significa que não tem verdadeiras mandíbulas nem barbatanas.
Existem 6 espécies em Portugal: lampreia-do-rio, lampreia-do-riacho, lampreia-marinha, lampreia do Nabão, lampreia do Sado e lampreia da costa de prata.
Do mar ao rio. A lampreia é um migrador anádromo: vive no mar e reproduz-se nos rios. Cada fêmea gera milhares de ovos pequenos.
A pesca entre o inverno e a primavera. Há vários métodos de pesca da apanha à  mão, às  redes e armadilhas.
A lampreia é consumida como uma iguaria, vendida a preços relativamente elevados. No nosso país é comida sobretudo em arroz de lampreia e à  bordalesa também a fazem assada no espeto e de escabeche.




Malta, adoro estas caminhadas, gosto mesmo de caminhar em grupo é agradável e divertido, podemos conversar sendo por isso uma fonte de ideias e enrequecimento pessoal. Permite-nos ir falando sobre banalidades e, assim desligar do stress, relaxar e regressar à rotina com uma perspectiva mais positiva. Gratifica-nos e permite-nos conhecer pessoas nova, com diferentes ambições e experiências de vida. Surgem amizades e reencontros.  A relação com elas fomenta o crescimento pessoal.









Penedos dos malandros



A humidade redobrou a intensidade das cores e contrastes, tornando o trilho e as paisagens ainda mais místicas!
Eu vou continuar, sem pressa, a descobrir estes recantos bonitos e vocês?!


Gostam de fazer este género de percursos/trilhos?!
Já fizeram algum que vos deixou deslumbrados?
E lampreia, quem adora?

Uma continuação de uma boa semana para todos.

domingo, 5 de março de 2017

O livro do hygge

O livro do Hygge





Olá malta!

O relatório global da felicidade, divulgado o ano passado em Março, coloca a Dinamarca em primeiro lugar como país mais feliz do Mundo.
No 94° lugar da lista, Portugal, está quase no último terço do ranking.
Ler este livro não podia ter sido mais hyggeligt!
Este livro tem andado nas bocas do Mundo, várias bloggers e youtubers tem vindo falar sobre ele é quase impossível ainda não se terem cruzado com ele, para mim já andava debaixo de olho à muito!
Li este livro num domingo num dia de tempestade, com a lareira a crepitar uma bebida quentinha e tapada com a minha mantinha preferida. Decididamente um domingo para "hibernar" em casa é delicioso e anti-setressante Querem um ambiente mais hygge?!



Bem vamos à palavra em si, segundo o Daily Mail, não há uma tradução direta para a palavra hygge. É um conceito usado nos países da Escandinávia para descreverem um sentimento de conforto e contentamento.
O povo mais feliz do planeta está a contagiar-nos com o segredo para apreciar os bons prazeres da vida. Este povo que ano após ano acabam por ser considerados os mais contentes com a vida.
O segredo então chama-se hygge e (pronuncia-se huga) e tal como a palavra portuguesa saudade não tem tradução.

Eles têm bons salários,  saúde e educação públicas gratuitas, baixo nível de corrupção, igualdade entre homens e mulheres, boas condições de trabalho, mas também tem  noites que não acabam e poucas horas de sol, nesta altura do ano.

O hygge, que em português significa uma sensação de aconchego, tem a ver com o apreciar as coisas simples da vida. Acender velas ao serão, beber uma caneca de chocolate quente, sentar-se num recanto acolhedor a ler um bom livro. A verdade é que os Dinamarqueses fazem disto, uma filosofia de vida e está tão entranhado na sua cultura que inventaram um manancial de palavras para falar de situações de hygge.

O texto é leve, mas cheio de sabedoria (e por vezes humor), fala-nos da cultura daquele país, mas ao mesmo tempo de estudos científicos. Esta repleto de imagens lindissimas e inspiradoras e cheio de ideias para termos momentos higgeligt ( desculpem podia ter tirado mais fotos no interior).

No livro são abordados assuntos como criar ambientes acolhedores através da iluminação  (velas em acção!), comida de conforto e slow food (o livro até inclui várias receitas hygge) muitas das quais quero experimentar.
O livro traz uma lista detalhada para tornarmos a casa mais acolhedora. Indica ainda como pode criar um "kit de emergência" para alcançar o hyyge quando estás mais em baixo. São dadas sugestões para sentires o hygge também fora de casa.
Se um dia visitares Copenhaga, o livro até traz um roteiro com os locais com ambiente mais higgeligt da cidade.
Na Dinamarca, a época considerada mais hyggelling, é sem dúvida o Natal. Eles aproveitam ao máximo desde os preparativos ao Natal propriamente dito.
Há um capítulo inteirinho a descrever a forma como os dinamarqueses vivem o Natal, desde as tradições  às atitudes.
Por último são abordadas as cinco dimensões do hygge tem a ver com, os sabores, os cheiros, os sons...


Malta este não é um livro de auto-ajuda, nem cheio de teorias pouco fundamentadas e só por este motivo já me chamou a atenção. Tem uma mensagem positiva e semeia coisas boas.
Um livro que me abriu novos horizontes não só por tornar a minha vida mais simples, mas também para me ensinar a ser feliz, sobretudo com aquilo que já tenho.
O livro é realmente de aquecer a alma.
Acho que desenvolvi uma costela dinamarquesa e cada vez dou mais importância ao tempo de qualidade.
Para muitos não traz muitas novidades, para outros pode servir para conhecer outras formas de estar na vida.
Um segredo dinamarquês, para alguém que quer ser feliz à  Portuguesa.


E vocês já leram o livro?!
Ficaram com curiosidade?
Amigos e conhecidos empresto o livro a quem quiser ler.
Beijinhoos e boa semana a todos com a promessa de voltar em breve.