domingo, 21 de outubro de 2018

Bira dos namorados





Já vos tinha confidenciado que os sabores do meu Agosto foram particularmente especiais.
Não que os outros não sejam, mas Agosto contribuiu para o meu regresso a lugares felizes.
Obrigada meninas por aquela tarde por Braga onde gargalhei muito, passeei muito, diverti-me muito e comi muito. Não teria sido a mesma coisa sem vocês.
Braga esta a "birar" uma cidade cada vez mais cosmopolita!
Se em Braga já se tropeça no que há de mais mágico na tradição, também a história se faz dos lugares que a revisitam, dos costumes que a abraçam da cultura que define um povo.
O Bira dos Namorados- assim mesmo, com "bê" fica localizado na rua D.Gonçalo Pereira, nas proximidades da Sé.
Quem "Bira" na esquina e aqui entra, é desde logo inundado pelo cheiro a Minho, pelos lenços dos namorados borbados a preceito, como ritual de conquista, pela genialidade do encontro entre o que há de mais tradicional e mais moderno.
Visitar os espaços gastronómicos mais badalados de Braga é sinónimo de filas de espera, mas, após alguns minutos de espera, conseguimos uma boa mesa em casa cheia.
Sou uma verdadeira fã de hambúrgueres artesanais e não há ementa mais deliciosa do que a deste restaurante que é uma verdadeira experiência gastronómica e cultural para quem o visita.
Trata-se de um espaço que me conquistou desde a primeira visita, à qual se seguiram inúmeras outras! Partiu sem dúvidas de uma ideia inovadora, quando ainda não se via nada do género na cidade!
A decoração do restaurante é um dos grandes aspectos que surpreende pela simbiose entre rústico e a modernidade, onde reina a cor e a inspiração em materiais e objectos reutilizados.


Há ali muita cor, um espaço vibrante giríssimo, com apontamentos únicos, um excelso bom gosto, originalidade distribuída por duas salas, onde é  realçado muito do que imediatamente associamos à nossa cultura nortenha.
A cor ajuda a cativar e tudo junto cria uma identidade muito própria.
Remete-nos para uma Portugalidade jovem, inovadora, original e aconchegante.
A mescla entre objectos antigos, e alguma modernidade, conseguiu resultar num ambiente que surpreende e atrai. Com pormenores encantadores atrás de pormenores encantadores.
Incluída no restaurante está uma loja de diversos artigos típicos ou inspirados na cultura portuguesa, onde não faltam um sem número de acessórios, vinhos, conservas artesanais, caixas de música, bijuteria, etc.
Também a ementa é um charme.
A lista de passos e compassos era enorme, sim porque os hambúrgueres e os pregos tem todos nomes de danças tradicionais portuguesas.
É possivel provar o malhão, a machadinha, o bailinho, o fandango, a dança da roda ou o pauliteiro, entre outros.
Nós escolhemos todas o Malhão e para acompanhar a refeição cada uma de nós escolheu uma limonada diferente a minha de melancia, e as das minhas amigas uma de limão e outra de ananás, todas elas bem frescas, mas para amantes de cerveja, há cervejas artesanais - em caso de dúvida, experimentem a Letra.
A melhor diversão enquanto esperamos, o jogo do Stop, não precisa de tabuleiro, não precisa ser comprado, e nem precisa de equipamento especial. Somente canetas e papeis que são cedidas pelo restaurante. O facto é que o jogo foi diversão garantida.
Os hambúrgueres vieram pujantes, acompanhados de batata comum e batata doce misturadas, sendo que a mistura resulta lindamente em pratos que apetecia trazer para casa, também eles alusivos á região do país onde nos encontramos. Quem resiste a comer um delicioso hambúrguere artesanal em pratos pintados à mão com os versos minhotos?!








Os molhos eram três e vieram para a mesa em frascos de plástico à americana: mostarda e mel, maionese e alho e maionese e bacon.
Os hambúrgueres e os pregos não se limitam à carne de vaca. Há outras soluções de peru, frango, bacalhau, polvo e versões vegetarianas e vegan.
Os hambúrgueres são coisa dos deuses o resto é um festim de ingredientes de boa qualidade e conjugação de sabores magníficos. A maioria dos ingredientes vem de produtores locais. Entregamo-nos aos sabores da gula e desfrutamos de todos os sabores. A comida nivela-se pela identidade do espaço.
Nós terminamos esta viagem ao mundo dos sabores sem experimentar as deliciosas sobremesas, mas de outras vezes que lá estive provei as mousses maravilhosas que vêm para a mesa num original frasco cheio de cor, pronto para ser aberto e claro está, rapidamente devorado.
Este espaço junta três conceitos complementares: hamburgueria e pregaria artesanal, uma loja regional e um café concerto.
O sucesso é tanto que, o Bira dos Namorados, já chegou ao Porto.
Na impossibilidade de fotografar tudo que despertou a atenção e um sorriso, só posso convidar a visitar este espaço realmente suis generis.
Este é um espaço que nasce na cidade que tem sempre as portas abertas, por isso, entre sem hesitar!

domingo, 2 de setembro de 2018

Cem mitos sem lógica // livro






XVIII feira do livro em Ponte de Lima contou com um programa recheado para todos os gostos e idades. Ponte de Lima recebeu de 19 a 22 de Julho mais uma edição da feira do livro que teve lugar no novo Pavilhão de feiras e exposições e contou com  animação para os mais novos, apresentações de livros, espetáculos musicais, exposições e ateliês. Aqui foi também a apresentação do livro cem mitos sem lógica.
Pareceu-me a desculpa perfeita para ter mais um livro nas mãos. Como amante de livros que sou, gosto sempre de arranjar boas desculpas para adicionar mais um livro à minha estante ou ao meu recanto de leitura. A minha wishlist é extensa e a vossa?
A feira do livro tem sido, há uns anos, a minha escolha de eleição, tem sempre óptimas promoções e preços mais justos.
É um dos meus maiores prazeres de Verão, sair descalça, de livro na mão, em direcção à cama de rede, na minha zona de lazer. Há qualquer coisa de simples e mágico neste meu ritual, que me faz sentir melhor, mais próxima das rotinas que me fazem feliz e trazem paz. Só se ouve o som dos passarinhos, das primeiras corujas, da água a correr, dos cães a ladrar, das folhas a baloiçar com a brisa. Por cima a vinha que emoldura o meu quadro verdejante, que os meus olhos alcançam quando os desvio de um novo capítulo.
O tempo desfaz-se e as horas passam sem darmos conta. A frequência cardíaca desacelera, as pálpebras semicerram e os pensamentos pesados esfumaçam-se. São momentos destes que me fazem sentir em casa, por fora e por dentro.



A jornalista Sara Sá e o neurocientista Pedro Ferreira mostram como a ciência e a história nem sempre confirmam o senso comum.
Tal como o título indica, vem desmistificar cem mitos.
São textos pequenos onde se desmistificam ideias feitas, erradas. Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade. Não é que passe a ser verdade, mas como toda a gente assume que é, é  tratada como tal. É isso que acontece com tantos mitos e ideias pré-concebidas que temos que não passam disso: mitos.
Em suma, muitos destes mitos já conhecia e também acreditava neles.
É um livro bastante interessante, engraçado, cheio de mitos nos quais muitos de nós certamente que acreditamos durante anos. São tantas as vezes que tomamos certos mitos e preconceitos como verdades absolutas, que até chegamos a mudar hábitos e rotinas em função disso. Alguns existem para nos facilitar a vida, outros só atrapalham.
Quantas vezes ouvimos dizer que o chocolate faz borbulhas? Ou que os peixes não tem memória e os cães vêem tudo a preto e branco? Também acredita que o Buda histórico era gordinho e o Napoleão era um homem baixo?
Ouvimos muitas vezes, e pensamos, de forma esperançosa, que o sexo é um excelente exercício físico e que compensa, claramente, as faltas de ginásio. Peço desculpa pela decepção mas tenho mesmo de dizer que não se pode contar com o sexo, mesmo que seja tórrido, para manter a linha e perder calorias.
Nem todos os dizeres que passam de geração em geração estão certos.
Pois é, a informação que nos rodeia é tanta que nem conseguimos parar para separar aquilo que é mito daquilo que é verdade científica.
Numa escrita simples, mas bem fundamentada em estudos científicos, os autores justificam as razões que transformaram cada uma das "falsas verdades" numa fuga à realidade dos factos.
Vários destes mitos são bastante engracados, principalmente quando conhecemos o que está por de trás de cada um!
Algo que não gostei tanto e que me desconcentrava por vezes ao ler era a presença de várias referências dos livros e autores consultados, ao longo da explicação dos mitos, o que são pormenores que, ao meu ver, poderiam ter sido colocados na bibliografia ou no rodapé dos respectivos capítulos.
Este livro contém informação de várias áreas desde nutrição, história, tecnologia, sexualidade, saúde  (claramente a mais profícua).
É um livro curtinho perfeito para quem realmente quer saber factos e mitos intrigantes. Estes mitos fascinantes que deviam ser razão suficiente para ninguém querer ficar à sombra da ignorância.
Recomendo, recomendo e recomendo!

Boa semana para todos :)

domingo, 19 de agosto de 2018

Starbucks Braga

Starbucks Braga









Férias. Essa bela palavra para descrever estado permanente de felicidade.
O corpo pedia uma pausa há já algum tempo e a alma ansiava por novas inspirações, novos locais, novos planos...
Tempo! Esta foi a palavra de ordem de Julho. Depois de uma temporada caótica, Julho presenteou-me com alguma calmaria e sossego que eu evidentemente, logo me lambuzei para aproveitar.
O tempo que não é um bem material, não pode ser comprado, usurpado, surrupiado. Por ser indomável e tremendamente obstinado, temos de saber dar-lhe tréguas e prolonga-lo com a nossa serenidade.
Com um tempo ora chocho ora dos deuses, a minha agenda esteve mais preenchida com coisas que me fazem (ainda) mais feliz! Oh, Julho, foste tão bom...
Julho destaca-se como o mês em que tive tempo para ser (boa) amiga. Entre os jantares de Verão com os colegas da empresa no Santoinho, a festa de aniversário do maridão,  os lanches gordichões com as amigas em Braga, idas vaidosas aos saldos ( porque até podia não levar nada, mas que bem que sabe andarmos às voltas à procura de um miminho para nós,certo?), jantares na esplanada e passeios despreocupados.
Julho deu-me a energia e alegria que sentia apagar-se. Terminei o mês de barriga cheia e com muitos momentos memoráveis. Defenitivamente, um dos meus meses preferidos de 2018 (se não o).
Enquanto fazia scroll no facebook descobri que o Starbucks abriu recentemente a primeira loja na cidade de Braga (no dia 13 de Junho) e despertou logo a minha curiosidade.
Identifiquei logo uma amiga na publicação da inauguração e aguardamos a opotunidade para visitarmos o espaço. Como dizemos aqui no norte "andor bioleta" até ao Starbucks.
O Starbucks é uma empresa multinacional, com a maior cadeia de cafeterias do mundo. A empresa nasceu em 1971, numa loja no Seatle's Pike Place Market (EUA), tendo hoje mais de 25 000 lojas distribuídas por mais de 75 países.
Vocês sabiam que existem mais de 87 000 combinações possíveis de bebidas da Starbucks? Vou colocar por extenso como nos cheques para que não haja dúvidas de que não nos enganamos: oitenta e sete mil.
O Starbucks de Braga fica localizada na sempre badalada avenida da Liberdade, uma das principais e das mais longas avenidas do centro da cidade minhota.
Depois de entrarmos e pedirmos ficamos pela esplanada, o local perfeito para metermos a amizade em dia e provarmos novos sabores.
Ali partilhamos as novidades, as preocupações e as trivialidades que só se partilham quando estamos frente a frente com quem nutrimos carinho e amizade.
Eu adoro sentar-me na esplanada a ver a dinâmica da cidade, ver como as pessoas se comportam, como se movem, como se relacionam.



O espaço é fresco, amoroso e convidativo a ficar sem horas marcadas, uma pérola em Braga.
Para a nossa mesa veio para comermos uma fatia de bolo de chocolate uma fatia de cheesecake de frutos do bosque e uma fatia de cheesecake de leite condensado.
Pedimos claro uma fatia para cada uma - porque amigas, amigas, bolinhos à  parte.
Eu pedi a fatia de cheesecake de leite condensado, que estava a fazer olhinhos para mim desde que nos cruzamos na montra.
Tinha um toque a leite condensado que eu amo e que me conquista numa só dentada!
Mas malta, há tanto para (a)provar e saborear e as fatias são generosas.
Para beber pedi um Frappuccino de cheesecake sem café adicionado - o que faz com que uma intolerante ao café como eu consiga beber. O sabor do Frappuccino é maravilhoso, os cremes são aveludados, pelo que a experiência de texturas e sabores é muito positiva :)
As minhas amigas para beber pediram o peachcitrusgreentealemonada é uma mistura de frutas naturais combinada com notas de pêssego, chá verde, limonada e gelo, a minha outra amiga bebeu um mocca iced.










Eu assumi o verdadeiro espírito americano, levei a minha bebida para a rua enquanto passeamos a ver as montras.
Obrigada amigas por juntas sermos palhacinhas, psicólogas, gulosas e poetas da alma.
O mês de Julho foi registado num bloco o melhor método para nada me escapar e ter sempre à mão um registo de tudo o que valeu a pena.
Tenho ainda muitas coisas deste mês para partilhar com vocês e isso faz-me esboçar um sorriso do tamanho do mundo. E vocês vão estar atentos aos próximo posts?!

Boa semana para todos :)

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Gelataria Trisabores

Gelataria Trisabores



Fins-de-semana de verão rimam com praia, calor e cheiro a maresia. Rimam com pés descalço na areia, sol, leituras. Rimam com frutas frescas, sandes leves e gelados, muitos gelados.
Os dias de pausa já começaram. Finalmente!!!! E os planos também começaram. Férias pedem gelados, certo?
Aqui por este lado adoro gelados de todos os tipos e sabores. Quer dizer... ainda não provei os míticos gelados de bacalhau e sardinha, portanto é melhor dizer que gosto de quase todos os sabores.
Sou maluca por gelados e não passo uma semana sem comer pelo menos um, seja verão ou inverno, estejam 40 ou -5 graus.
Foi no domingo dar um saltinho à Feira do livro em Ponte de Lima aproveitar os vários descontos e depois foi comer um geladinho.
Na esquina de uma pacata praceta, localizada perto da Igreja Matriz , ( e vale muito  a pena admirar o belíssimo exterior da igreja consta que a rosácea é inspirada na da Igreja de São Francisco, no Porto.) A gelataria Trisabores apresenta-nos com uma bonita fachada cor-de-rosa, uns vasos bonitos que adornam a porta e uma esplanada com um toque e requinte Francês.


Dentro é pequenino, discreto, com mesas e cadeiras verde-água e os apontamentos retro primam pela delicadeza, ideal para companhias tão doces como a oferta da casa.
Aqui sente-se logo uma lufada de ar fresco, uma brisa aconchegante, um sopro de felicidade.


As opções pareciam infinitas e os olhos também comem. Esta é uma verdade irrefutável e ai de quem a contradiga, pelo menos na minha presença!
Pedi o morango Melba com três bolas de baunilha, topping de frutos vermelhos, morangos e chantilly e a minha companhia pedeu um gelado com
 álcool com o nome de Iceberg com uma bola de menta e get27.







Há diverso sabores desde os mais clássicos como morango, chocolate e baunilha... aos mais originais como Snickers, Kinder Bueno passando pelo de Kit kat, ovo Kinder, Perna de Pau, tarte de limão entre outros.
Mal o gelado chegou à mesa que fez com que começasse a cantarolar o Fado Toninho, dos Deolinda "Agarrem-nos que nos vamos a ele" dizia eu -e não é que foi mesmo?
Pedi três bolas de gelado e o copo estava uma verdadeira torre de gelado! São quantidades astronómicas. Não que me queixe, bem pelo contrário! Merci!
E é tão bom quando toda uma experiência de sabores começa no olhar, nos detalhes, nos pormenores.
Os gelados são cremosos e deliciosos e saí de lá com um sorriso gigante na cara.
Além dos gelados, há ainda crepes, bebidas quentes e bolos e tartes caseiras que são diferentes todos os dias, como bolo de chocolate, tarte de ruibarbo, tarte de limão merengada entre outros.
Ficamos com a sensação de que este cantinho foi criado para aconchegar o coração dos seus visitantes de uma forma verdadeiramente única.
Um conselho:esqueçam as dietas por uns tempos e provem, é só o que vos digo :)

Até à  próxima.
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domingo, 22 de julho de 2018

Petisc'art

Petisc'art





Ponte da Barca vila lindíssima, muito pitoresca e calma no mês de Agosto é uma espécie de oásis de boa vida. Há arraiais (S. Bartolomeu, são seis dias de festa rija, aviso já!) vinho verde, prato cheio e o rio Lima para fazer "reset".
Foi num domingo, com uns amigos conhecer algumas das lagoas mais bonitas em Ponte da Barca, paragem obrigatória para quem quer seguir o roteiro turístico da zona. O verde toma conta destes montes cuja presença humana mal se nota.
Vim com a alma cheia e o espaço de memória do telemóvel quase vazio.
São estes dias que dão tempero à nossa rotina e um paladar inesquecível aos dias obsoletos.
E é assim, também que início a minha aventura pelo Petisc'art, um espaço ainda recente que fica no Largo da Misericórdia.



Estavamos deliciados com a golden hour que conseguimos apanhar e aproveitamos para desfrutar um pouco desta tarde de Verão, para abrir ainda mais o apetite, surpresa, das surpresas? Petisc'art estava a um pulinho de nós.
Em altura de santos populares a decoração exterior não podia estar mais bonita, colorida, simples, tudo muito descontraído e com muita pinta, fazia lembrar um arraial. Uma esplanada maravilhosa onde podemos desfrutar de um ambiente mágico, boa música e ainda saborear belos manjares.
Pequeno, íntimo, com uma decoração que liga os elementos rústicos e caseiros, com traços e elementos bem portugueses, o espaço está  desenhado para quem gosta de (bem), estar à mesa. Aqui tudo é inspirado na tradição portuguesa desde a decoração ao nome dos pratos.




Mais do que um restaurante é um espaço que nos leva a viajar no tempo. Com um ambiente muito vintage entramos nas histórias dos vários produtos que nos apresenta. Quem não se lembra das Conservas Minerva? Aqui estamos rodeados de andorinhas, sardinhas de cerâmica, cartazes vintage, uma bicicleta, entre tantas outras coisas.
Um dos pormenores que mais me encantou, os azulejos nas escadas, outro símbolo português,  os tradicionais desenhos em azulejo, que estão espalhados por esse Portugal fora por igrejas, mosteiros, castelos, palácios, universidades, jardins, estações de comboio, halls de hotéis e fachadas de edifícios.
Outro dos pormenores as andorinhas são símbolo de amor e lealdade, mas também de lar e família, sentimentos estes que estão bem enraizados na cultura portuguesa.

























Um grupos de amigos gulosos e tagarelas que partilham as novidades mais fresquinhas e as trivialidades do quotidiano. Adoro reunir boa companhia e cada um pedir um prato diferente para todos degustarem.
Para comer pedimos um hambúrguer Vira com alface, tomate, cebola e queijo cheddar, o hambúrguer Bartolomeu com carne cachena, bacon, cebola caramelizada, grelos salteados, queijo brie e ovo em bolo do caco, pedimos uma sandes tuga e umas tostas com tomate e mozarela.
Veredicto? Achei que tudo estava no ponto, desde a qualidade da carne (senti que estava bem cozinhada e temperada e não que estava a comer borracha seca) o molho das batatas que vinha a acompanhar era viciante. Outro pormenor é que os hambúrgueres são enormes, a senhora  até nos confessou que estão a pensar dar uns babetes para quem comer hambúrgueres.
Para sobremesa, pedimos aquilo que normalmente é uma entrada e que para mim é a grande inovação do espaço, um ferrero rocher de alheira. O resultado é de aparência aos conhecidos bombons de natal, daí o nome "Rocher", mas com pasta da alheira como recheio e finalizado com uma cobertura de amêndoa laminada e com acompanhamento de uma boa compota.




















Para refrescar os lábios e (as ideias!) pedimos um vinho verde da região mas também podem contar com uma vária gama de cervejas.
Se estão de visita à vila, não deixem de passar por este recanto tão especial. Acredito que não se vão arrepender e que vão sair de lá completamente apaixonados. Afinal de contas, os momentos à mesa também são preciosos para a construção de memórias e para a criação de momentos entre amigos.


Até à próxima :)

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Bacalhôa Buddha Eden

Bacalhôa Buddah Eden


Como já devem ter reparado, andar a lourear a pevide é um dos  hobbies que cá  por casa mais amamos. O que há para não gostar em passear, conhecer novos sítios, novas pessoas, descobrir um pouco da história, desanuviar a cabeça?




Aproveitámos o facto de estar a passar o fim-de-semana em Óbidos  (no dia anterior tinha ido ao Óbidos Vila Natal) e visitámos o jardim do Bacalhôa Buddha Eden conhecido também como jardim da paz. Foi em Dezembro e a visita foi organizada pela empresa TravelNorte. Já é segunda vez que visito o jardim, a primeira foi com uns amigos, quando foi ao Festival do Chocolate de Óbidos, isto porque são cerca de quinze a vinte minutos de Óbidos ao jardim.
Tenho pena que a manhã estivesse tão cinzenta, mas o mais importante é que não choveu. Demos corda aos sapatos e fizemos tudo a pé, aproveitando cada recanto. Um cenário digno d' Susana no País das Maravilhas.



A primeira sensação é a de ter sido teletransportada para outra dimensão.
Gosto tanto de conhecer jardins, cidades, de ver cantos escondidos com significado.
Os jardins do Bacalhoa Buddah Eden são isso mesmo, uns jardins com significado. Têm a dimensão de cerca de 35 hectares que foram inicialmente criados pelo comendador, empresário, coleccionador de arte José  Berardo, em resposta à destruição dos grandes budas afegãos de Bamiyan no Afeganistão  (2001), naquele que foi um dos maiores actos de barbarie cultural, apagando da memória obras primas do período tardio da Arte de Gandhara.
Mais do que um passeio turístico o Bacalhoa Buddha Eden é um lugar para quem quer desfrutar de momentos de tranquilidade e paz. É um lindo jardim, bem cuidado e repleto de Budas, lagos, peixes e várias estátuas. Este parece-me um dos locais em que os estrangeiros conhecem mais do nosso país que nós próprios. Os jardins estão divididos em várias culturas e em vários espaços diferentes com a intenção de nos fazer ter várias sensações perante o que está representado. É que não é só passear, aquele lugar leva-nos a parar, respirar, sentir, fechar os olhos o silêncio reina e dá vontade deficar ali em modo retiro espiritual.
Fiquei deslumbrada com a actual exposição ao ar livre de esculturas africanas feitas com pedra, mais especificamente esculpidas pelo povo Shona do Zimbabué que acredita em espíritos ancestrais. Para eles, cada pedra tem um espírito  vivo e o trabalho do artista passa por libertar o espírito da pedra.
Foi óptimo percorrer a pé cada "esconderijo" deste sítio.
As obras de arte de vários artistas são magníficas, as estátuas em pedra a perder de vista deixa-nos de boca aberta, as plantas e árvores um verdadeiro convite a respirar ar de qualidade.
































A escadaria central é o ponto focal do jardim, onde os enormes budas dourados dão calmamente as boas-vindas.
Estima-se que foram usadas mais de 6 mil toneladas de mármore e granito para edificar esta obra monumental.
Um dos motivos principais para ter gostado tanto desta visita é o facto de ter imensos sítios que me fazem lembrar o filme da Mulan ( um dos que mais gosto da Disney) Dá  vontade até de cantar a música Reflention! Um relvado que dá vontade de correr como se estivessemos na "Música no coração" - Yup. I did it.
As estátuas estão divididas por culturas, em espaços próprios. Encontramos estátuas chinesas, africanas, os famosos soldados de Terracota, e ainda algumas estátuas de referência à religião Hindu.
É excelente para crianças porque podem tocar e subir para as estátuas criando um contacto com a cultura mais prático e divertido do que num tradicional museu com distância e segurança.
Durante a visita encontramos ainda, num local mais escondido uma casa na árvore. E quem nunca sonhou ter uma casa na árvore?! Fez as minhas delícias e sonhos de criança. A casa tem dois andares e ainda um baloiço de pneu para intensificar o revivalismo de uma infância nos anos 90.
Desfrutei de toda a flora e fauna invejável, adorei pisar aquele chão com folhas douradas e bolotas gigantes, desfrutar do som da água a correr, deixei-me embrenhar nos arvoredos e caminhos de bambu para observar melhor a mensagem cultural de cada lugar.







A entrada é de quatro euros por pessoa, sendo que crianças até aos doze anos não pagam. À entrada é nos dado um mapa do parque.
É na Quinta dos Loridos onde se produzem alguns vinhos e espumantes da Bacalhôa vinhos de Portugal, pelo que faz todo o sentido, já na saída haver uma loja a vender vinhos. Gostava mesmo que a loja contesse alguma recordação normal, é só uma loja de vinhos. Eu estava mesmo à espera de trazer um mini-buda para casa (para esse sim me dar sorte)
Adorei rever este lugar, cada vez mais bem tratado e a expandir horizontes. Por algumas horas parece que estive a viajar noutro continente.
Já alguma vez cá vieram? Se sim, contem-me nos comentários.


 b

Até à próxima.
Kiss