domingo, 31 de março de 2019

Piodão

Piodão








Há muito tempo que falava em conhecer a aldeia de Piodão, o que acabou por acontecer. Há cerca de dois meses fui, num pulinho, ali dois dias, ao centro do país. (Não fui, fomos 10, na realidade!)
Era uma viagem gira para se fazer em grupo, achamos nós, e levou o planeamento necessário para que não houvesse grandes discórdias. E sabem que mais? Somos muito bons a achar, porque o grupo funciona muito bem e porque o centro do país vale realmente a pena.
Pormenores amigos? Cá vai disto! Sábado de manhã a rapaziada juntou-se toda, e seguiu, rumo á cidade de Coimbra onde rumamos para o alojamento reservado no Booking, Sotam Country House ( onde mais para a frente quero fazer um post só dedicado á casa) uma casa de campo, onde a calma e a tranquilidade são a palavra do dia. Da parte da tarde visitamos as aldeias de Cerdeira e Talasnal que também vai merecer um post mais para a frente.Infelizmente foi me apercebendo ao longo da viagem que muita desta paisagem não é verde, porque foi terrivelmente afectada pelos incêndios á dois anos, mas lentamente a coisa vai-se compor. Foi com um nó na garganta que imagino o pânico que os moradores da aldeia sentiram nos dias dos incêndios. Foi triste ver a paisagem preta em vez de verde.
São vinte e sete as aldeias que compões as chamadas aldeias de xisto e estão todas na região centro divididas por grupos: Serra da Lousã, Serra do Açor, Zêzere e Tejo.
Domingo ficamos por Piodão. A aldeia ter-se-á desenvolvido de um anterior castro lusitano " Casal de Piodam", hoje em dia em ruínas. A aldeia histórica de Piodão é uma das mais belas e genuínas povoações portuguesas, sábio exemplo do harmonioso diálogo entre o Homem e a Natureza, sendo conhecida como "Aldeia Presépio". Dizem que o aspecto da luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela disposição das casas faz com que recebesse a denominação de "Aldeia Presépio". Piodão está localizada no concelho de Arganil e distrito de Coimbra, situada na serra do Açor e Parque Natural da Serra da Estrela e faz parte da rede das Aldeias Históricas de Portugal desde 1991. Magnífica em qualquer estação do ano, no Inverno, quando neva, a aldeia apresenta um rosto alvo invulgarmente sedutor e na Primavera ao verde dos pinheiros que revestem a serra junta-se o amarelo das giestas e o lilás das urzes num quadro de raro encanto.
Esta terra de difícil acesso, onde já os Lusitanos apascentavam os seus rebanhos em segurança, foi desde tempos remotos local de eleição para os fora-da-lei, abrigando, entre outros, Diogo Lopes de Pacheco, o único dos assassinos de D. Inês de Castro que escapou á vingança de D. Pedro.
Os acessos para Piodão não são os melhores, bastantes dificultados pela topografia do terreno, mas esta condicionante não é suficiente para nos desencorajar a visitar um destino tão ímpar, que já foi galardoado com o Galo de Prata como aldeia mais típica de Portugal nos anos 80. Ainda na estrada que serpenteia por entre a serra e que nos há-de fazer chegar ao sopé da aldeia, já se via mais em baixo o casario de xisto e telhados negros.





O povoado constitui um conjunto arquitectónico muito homogéneo, com uma disposição concentrada das habitações em encosta voltada para o rio, usando como materiais de construção o xisto e a lousa. As habitações possuem as tradicionais paredes em xisto, tecto coberto com lajes e as portas são pintadas de cor azul, alternando com o branco das janelas. Ninguém sabe explicar muito bem a origem da escolha desse tom de azul que sobressai nas paredes escuras de xisto. Há quem diga que era a única cor existente á venda na loja da aldeia e por essa razão, as portas e janelas foram sendo pintadas nessa cor que lhes fica tão bem.  Á volta do aglomerado, mostra-se a paisagem agrícola moldada pelo homem através dos socalcos que parecem acompanhar a disposição das residências dos habitantes de Piodão.



Olhando para o conjunto, surgem em destaque a Igreja Matriz, o edifício pintado de azul e branco que contrasta com o resto do edificado. Este imóvel datado do século XVIII e com restauro na fachada no final do século XIX, é uma das grandes atracções da povoação. Surpreendentemente branca num povoado de escuro xisto, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi edificada no local de um mosteiro cisterciense e reconstruída., num estilo a fazer lembrar o "gótico alentejano".
No topo do povoado, encontra-se outro templo de interesse para visitar, a capela de S. Pedro ( padroeiro de Piodão e em honra do qual se fazem, a 29 de Junho, as festas anuais da aldeia)
Além do património arquitectónico existem alguns equipamentos que merecem uma visita e que não fui visitar: o Núcleo Museológico ( onde está também sediado o posto de turismo) que alberga uma exposição permanente com um acervo de peças que mostram o modus vivendi dos habitantes da aldeia e a praia fluvial, um bom local para mergulhar nas águas límpidas da ribeira de Piodão.




Chegados a Piodão no largo da aldeia, o colorido das bancas de artesanato serrano, dá-nos as boas-vindas, roupas de lã, cestaria, pequenas cópias de casas de xisto, mel enriquecido com frutos secos, potes de mel de flores silvestres, pão, broa de batata, licores de castanha e de amora,aguardentes de medronho e de mel podem aqui ser compradas e outras deliciosas especialidades gastronómicas. Pequeno pedaços da serra que se podem levar para casa. Feitas as presentações, uma pequena passagem estreita leva-nos á descoberta da beleza das casas da aldeia. Andamos pelas ruelas ( confesso que aquelas subidas são um óptimo exercício) e passamos no meio das casinhas, apreciamos as construções todas em xisto, caminhamos no meio da natureza e tiramos imensas fotos. Percorrer os seus "labirínticos "corredores permite descobrir curiosos pormenores, como por exemplo
por cima de algumas portas, veem-se cruzes de madeira pregadas na parede que os habitantes acreditam serem um amuleto contra as trovoadas, que aqui são bravas e podem chegar a assustar os corações mais sensíveis, apelam á protecção de S. Bárbara nos dias e noites de tempestade.
A visita á aldeia faz-se rápido, pois é um sítio pequenino. Acho que em uma hora, percorremos a maior parte da aldeia.






Era hora de aconchegar o estômago  resolvemos almoçar num restaurante logo á entrada  " Delicias de Piodão" com uma ampla esplanada e vista para todo o vale circundante. Este espaço apresenta uma decoração moderna, com grandes janelas envidraçadas. O ambiente é sóbrio e informal e ás mesas chegam pratos tradicionais da região. Cabrito assado no forno, bacalhau assado no forno,  javali, chanfana á moda da serra e bucho serrano são os pratos regionais mais populares que atraem os visitantes. A Chanfana a o javali fizeram as delicias de alguns de nós. Hoje em dia com uma boa oferta turística, Piodão tem espaços de alojamento e de restauração e diversas lojas com o que mais tradicional se produz na aldeia.
O avançar dos ponteiros do relógio é impiedoso juntamente com a chuva que não parava fizeram com que tivéssemos que regressar sem visitar Foz d' Égua, um lugar que dizem encantador com um pequeno rio, um moinho e uma ponte suspensa muito pitoresca. Dizem ser um local romântico e aprazível que mais parece ter sido construído para o cenário de um qualquer filme de conto de fadas.
A quem não conhecia esta zona do país, levantei um pouco a ponta do véu sobre a beleza que a Serra do Açor teima em esconder. Nos seus recantos escondem-se muitos encantos.
Não são só as grandes cidades ou as mais turísticas que merecem a nossa atenção e visita. O nosso
o país é rico em cantos e recantos por visitar. Acham que precisam de mais razões para se fazerem á estrada e visitar Piodão?
Tem sugestões de sítios a visitar dentro do género? Gostam destes passeios por cá?







segunda-feira, 25 de março de 2019

Pop Cereal // Porto

Pop Cereal // Porto





Pelas ruas do Porto não corre só cevada, há muita mais escolha.
Dezembro do ano passado foi um mês fugaz, vivi tanta coisa e partilhei tantos momentos que ainda tenho muitas coisas para vos mostrar por aqui.
Sem me querer alongar na introdução este mês ainda vai ter mais publicações aqui pelo blogue.
Partindo á descoberta de lugares deliciosos, encontrámos um café situado na Rua da Cedofeita no Porto que é de abrir o apetite.
E se pudesses entrar num sítio onde viajasses até á tua infância através de cores e sabores? Um espaço onde pudesses misturar os mais variados cereais, até mesmo aqueles que só vês em filmes estrangeiros com gelados, gomas e chocolates e muitas outras coisas que nem imaginas...Isso seria o paraíso sem dúvida! E acreditas que existe um local onde todos esses desejos são concretizados? Aqui a minha paixão cerealística renasceu qual Fénix das cinzas.
Em Dezembro do ano passado visitei com uns amigos o Pop Cereal e fomos tomar um bom pequeno-almoço para adoçar o dia e para espevitar.
No Porto existem pelo menos três cafés deste estilo, mas hoje venho falar-vos do Pop Cereal.
Vou começar com curiosidades, vocês sabiam que segundo um estudo da Nestlé somos o segundo país europeu onde se consomem mais cereais?
A palavra "cereal" vem da palavra grega antiga "Cereália", que era um grande festival que celebrava Ceres, a deusa dos grãos e da fertilidade, segundo a mitologia, Ceres foi quem ensinou aos mortais como plantar e colher, dando-lhes, assim, os meios básicos de sobrevivência.










O Pop Cereal reúne duas temáticas pelas quais sinto grande apreço, os cereais e a Pop Art: Confesso que havia muitas pinturas que davam vontade de trazer para casa. Ao entrar no Pop Cereal preparem-se para receber centenas e centenas de estímulos, alguns provenientes da decoração, mas a maior parte vindo das coloridas caixas de cereais que decoram o espaço e que estão á espera de serem escolhidas para alimentar as barrigas mais exigentes, sendo assim tem uma dupla função alimentar e decorar.
A parede por detrás do balcão está literalmente forrada com caixas de cereais de todo o mundo e as suas cores garridas, dão um forte contributo para a decoração do espaço. O café é basicamente uma explosão de cor e alegria com um espírito muito pop. O espaço tem pormenores engraçados como por exemplo uma cama bem no meio do café e uma mesa no tecto que completam a decoração "pop".
O Pop Cereal é um café divertido e original que nasceu de um paixão assolapada dos proprietários por cereais.
Na verdade também sou grande fã de cereais, os meu favoritos são os Chocapic duo e os Golden Grahams de canela, mas os melhores cereais do mundo e os meus favoritos há anos são os Milk Pillows. São tão docinhos e com um sabor a creme de leite, completamente irresistíveis. Se gostam de sabores abaunilhados e de creme, são os cereais da vossa vida. pelo menos, são os meus.Quais são os vosso favoritos?
Mas verdade seja dita que se fosse fácil encontrar cereais como os Unicorn Froot Loops a história seria outra, e muito provavelmente a minha pirâmide alimentar seria mais uma recta, sendo constituída toda ela de cereais açucarados multicolores.
Sentados á mesa íamos conversando e transformando aquele espaço na cozinha das nossas casas. Afinal de contas, os cereais são a refeição mais caseira e familiar do mundo, certo?
Quem nunca tive aquela manhã demorada a ver desenhos animados com a sua taça de cereais.
Há uma coisa que me irrita muito nos cereais; ou como tudo em dez segundos ou acabo a comer açorda de cereais. Detesto quando ficam empapados e pouco crocantes, por isso tento ser o mais rápida possível.
Os cereais são os melhores amigos ao pequeno-almoço para muita gente, e neste espaço tem mais de 100 marcas para escolher.
Aqui as calorias não contam mas sim a explosão de sabores que consegues obter quando metes a primeira colher á boca. e não duvides!
Provem os Lucky Charms, Froot Loops, Cocoa Pebbles, Apple Jack's, Lion ou os Sprinkled Donut Crunch mas há também os normais Chocapic Golden Grahms e Estrelitas.
Não interessa se és daqueles que metem o leite ou os cereais primeiro na taça, o cliente tem de escolher a combinação e a marca que quer, o tipo de leite e os toppings.
Existem três tamanhos de taças: o S (3,30) leva três tipos de cereais e duas coberturas o M (3,60) inclui quatro cereais três toppings e o L (3,90) dá direito a 5 marcas diferentes além de três coberturas. Depois o leite de vaca á opção sem lactose, mas também de origem vegetal ( com um custo extra de 50 cêntimos) como o leite de soja, arroz, amêndoa, aveia ou ainda iogurte natural.
Entre os toppings disponíveis estão gomas, marshmellos, chocolate, fruta fresca, amêndoa, bolacha ou côco ralado, até podemos acrescentar uma bola de gelado. Depois para aquelas pessoas como eu que são extremamente indecisas e que tem a tendência de ficar 45 minutos só a a tentarem perceber se querem o tamanho pequeno ou grande, já há combinações pré-defenidas.
Nós experimentamos as combinações pré-defenidas e só vos digo cada colherada era mais doce que a outra, mas soube tão bem.
Eu experimentei aquele que é talvez o cereal mix mais "Instagramável" lá do sítio: os Frootloopers. Uma taça de cereais bem colorida composta por Froot Loops, Rice Krispies, Mini Marshmallows, morango desidratado, gelado de nata, bolacha belga e topping de morango. O meu cara- metade enterrou a cara num Heaven Is  Made of Chocolate, com Lucky Charms de chocolate, mini Oreos, topping de chocolate e bolacha de chocolate crocante. A acompanhar cada taça uma garrafinha personalizada de leite frio, que é para não empapar os cereais. Porém, se quiserem, eles também vos aquecem! Sem dúvidas de comer e chorar por mais.




Bem nem queiram imaginar o que senti a comer aqueles cereais. Vá Susana calma... controla-te que já passou mas acreditem só de vos escrever isto, já estou com vontade de voltar.
O atendimento do melhor, a funcionária foi muito simpática, atenta, profissional, atenciosa e explicou todo a "menu".
Este é sem dúvidas um espaço diferente e arrojado e eu adoro coisas assim!
Tive pena que se quiserem recriar algo do género em casa este espaço não vende caixas de cereais como já vi que em cafés do género acontece.
Vale a pena ir e repetir.


sexta-feira, 22 de março de 2019

Quinta de Maderne// Rota dos Vinhos Verdes

Quinta de Maderne// Rota dos Vinhos Verdes




A rota dos Vinhos Verdes acaba de lançar uma série de caminhadas, de carácter mensal que até Janeiro do próximo ano passam por onze quintas da região dando a conhecer o território, a cultura e a história dos vinhos verdes.
Foi através da Nature 4 que é parceira desta iniciativa que tomei conhecimento destas caminhadas. A Nature 4 que já falei anteriormente aqui no blogue e com a qual já fiz algumas caminhadas é uma empresa que tem a sua actividade baseada na área do turismo, com uma variada oferta em actividades na natureza.
A iniciativa, que se insere nas comemorações dos 110 anos da Região dos Vinhos Verdes, tem ainda um fim solidário, já que o valor da nossa inscrição ( 5 euros por pessoa) reverte a favor de uma instituição de solidariedade social local.
A Quinta de Maderne,  em Felgueiras, foi o primeiro local por onde começou o programa no sábado dia 9 de Março.
A hora de inicio da caminhada estava prevista para as 14:30, infelizmente e com alguns percalços pelo caminho, chegamos atrasados,  a quem peço desde já desculpa e agradeço porque gentilmente esperaram por nós para dar inicio á caminhada.





Logo ao inicio é nos dado um kit que é composto por uma mochila, um boné, um mapa com as regiões dos vinhos verdes e as respectivas informações, uma água e uma barrinha de cereais.
A visita foi guiada pelo proprietário da quinta. Uma figura singular, o sonho de qualquer entrevistador, fala bem, com entusiasmo, tem um conhecimento enciclopédico sobre tudo o que rodeia o seu trabalho e traz sempre pronta uma história ou uma metáfora para contar.
Depois tem curiosidades deliciosas como a história de um brasão familiar.
Uma visita ás vinhas na sua companhia é toda uma masterclass sobre viticultura, natureza e vida em geral.
Eu uma comum mortal com conhecimento zero sobre o assunto, bastou-me o sentido do gosto e um par de ouvidos dispostos a escutar, porque uma coisa é ver vinhas em fotografias e vídeos, outra  é vê-las no local pisar o chão de terra rocha desfeita, sentir o sol a picar-nos a nuca e o pó que se cola ás mãos.
A nossa viagem pelas vinhas inicia-se com a explicação das vinhas e das diferentes castas até á prova do néctar.
Aqui as especificidades chegam-nos através da produção de vinhos de qualidade onde predominam os brancos das castas loureiro, arinto, azal e avesso, tendo no seu alvarinho/trajadura o seu expoente máximo.
Para um bom vinho verde a frescura e o sabor frutado são atributos obrigatórios, não sendo os vinhos de Maderne excepção.
Geograficamente bem localizada, a Quinta de Maderne tem uma exposição solarenga e ao mesmo tempo humidade e frescura, componentes necessários para a produção das especialidades.
Situada em Várzea, no concelho de Felgueiras em plena sub-região do Vale do Sousa, a Quinta de Maderne é uma sociedade familiar que produz vinhos e espumantes variados, para além de kiwis e outros frutos.








Pela caminhada conseguimos ver a produção de kiwis  que inicialmente surge como reforço da exploração agrícola, no entanto, as ligações através do protocolo ao maior grupo mundial de produção de kiwi (Zespri), faz com que Maderne se destaque no mapa da produção de kiwi.
A especialidade centra-se na variedade de kiwi amarelo um fruto menos agre que o habitual kiwi verde, sabor agridoce, que agrada a mais consumidores.
Durante a caminhada passamos ainda por uma zona com espaço de bosque, uma mata com um pinhal adjacente e um pequeno lago.




No final do percurso de quatro quilómetros houve ainda uma prova de vinhos. Quando chegamos o lanche estava á nossa espera ( as típicas cavacas, queijo, compotas, pão-de-ló e o kiwi amarelo da quinta entre outras coisas) perante toda esta mise-en-scéne meti o copo á boca e comecei a experimentar os vinhos da quinta.






Aliada a toda esta experiência a quinta tem dois quartos para quem quiser depois de conhecer a quinta ficar para dormir, e nós fomos conhecer!
São cada vez mais as pessoas, nacionais e estrangeiras  que não se ficam apenas pela degustação do néctar de Baco, mas que querem explorar a região, as paisagens a gastronomia.
O enoturismo é o chamariz mas as regiões dos vinhos verdes tem muito mais para oferecer. O enoturismo em Portugal é uma actividade em franca expansão, tão diversificada quanto a oferta de vinhos produzidos de norte a sul do país.






Por fim e antes de irmos embora a Quinta de Maderne tem também uma loja onde pode comprar além de vinhos, os kiwis da plantação desta mesma quinta, outros vegetais, compotas e louças. Nós trouxemos para casa duas garrafas de vinho para a nossa família puder experimentar.
Em Abril, a caminhada acontece na Quinta do Tamariz, no dia 13. No programa constam ainda a Quinta da Aveleda ( 11 de Maio) o Palácio da Brejoeira (8 de Junho), a Quinta da Covela ( 13 de Julho), a Quinta do Soalheiro ( 10 de Agosto) Quinta da Lixa ( 14 de Setembro), a Rota dos Vinhos Verdes e petiscos de Braga no verde cool ( 12 de Outubro), Quinta das Arcas ( 9 de Novembro) a casa da Tojeira ( 14 de Dezembro) e por fim a Quinta de Santa Cristina ( 11 de Janeiro de 2020) .
Há ainda um cartão de fidelização para o registo das caminhadas. Quem participar num mínimo de seis caminhadas habilita-se ao sorteio de três prémios no final da jornada, que incluem uma estadia na região dos vinhos verdes, um passeio de canoa pelo Rio Vez e uma selecção de vinhos verdes.

Visitar, conhecer, viajar, aprender, abrir horizontes são premissas que estão incutidas na minha pessoa. Portugal é um país de forte tradição vitivinícola, pelo que a descoberta dos seus diferentes vinhos e das regiões onde se produzem, pode ser um excelente pretexto para descobrir também paisagens, património, a cultura e as gentes que aqui vivem.
Espero que gostem das sugestões e que estas dicas sirvam para levantar o copo e fazer um brinde...com vinho verde.


domingo, 17 de março de 2019

Steak ´n Shake

Steak'n Shake





Após a visita à pastelaria " O Chapeleiro" não poderíamos deixar de espreitar o "Steak'n Shake", cadeia norte americana, com origem nos anos 30, chegada a Portugal no ano 2016.
Foi depois de um dia agitado com as meninas às compras no Braga Parque que decidimos escolher O Steak'n shake para jantar.
Um sábado à noite para quem não quer ter preocupações e simplesmente quer ser feliz com um hambúrguer e um milkshake, eu fiz a proposta, steak'n shake, era o escolhido.
Parece mesmo que a moda dos hambúrgueres veio para ficar em cada canto da cidade uma hamburgueria diferente.
O espaço está delicioso, cativante,eletrizante,cheio de sofás vermelhos.
Todo o design e decoração do mesmo fazem-nos lembrar um dinner norte-americano oscilando entre cores branco,vermelho,preto e prateado.
A decoração é coisa que nos remete para o espírito americano dos anos 50 com um twist moderno.
Passando á comida senhores meus senhores a fome e a gula eram tanta que não podia ter escolhido outra coisa um delicioso hambúrguer com um guloso batido.
Este é um espaço de renome muito procurado pelos seus afamados hamburgueres no pão do género brioche cujos ingredientes são 100% frescos e artesanais bem como as batatas fritas e os milkshakes
confeccionados no momento.
Não vão á espera de encontrar comida gourmet não é disso que se trata, mas sim daquela que nos conforta o estômago e a alma. Foi um jantar absolutamente guloso. A textura da carne era maravilhosa os ingredientes vieram em abundância, cheios de sabor e a combinação do hambúrguer com o corte doce do batido era de ir ao paraíso.
A triologia hambúrguer, batata frita e batido fizeram parte do meu cardápio.
A carne é mesmo boa, temperada com os condimentos, ingredientes e molhos muito saborosos.
Alias , tudo é preparado á vista do cliente, pelo que se quiserem podem perceber como são feitos de fio a pavio. " In sight it must bi right" já Gus Belt, fundador  da marca em 1934.
As batatas são viciantes, finas estaladiças deliciosas em todas as suas variedades, simples, condimentadas com queijo parmesão ou com cheddar e bacon.
Eu elegi para beber um batido de morango (e nem faltou a cereja no topo do batido) mas o de manga que me aguarde vai ser meu muito em breve.
É uma espécie de drink e dessert.O meu batido parecia feito de gelado com pedaços de fruta, que tornaram o sabor mais rico e saboroso.
Além dos clássicos sabores de batidos como chocolate, baunilha ou morango rivalizão com variedades que desafiam a imaginação como caramelo salgado, menta, bolacha oreo, speculoos ou m&m's com preços que variam entre os 3,95 e os 5,95.
Para quem não apreciar milkshakes existem outras opções de bebidas, vem como o sistema de refill de refrigerantes.
Toda esta experiência deliciosas foi acompanha pelas minhas amigas- que ponto extra a favor!
Saímos a rebolar e é, sem duvida, uma refeição que recomendo para quando quiserem ser extremamente gordições.



Boa semana a todos

quinta-feira, 7 de março de 2019

O Chapeleiro // Braga

O Chapeleiro // Braga






Fevereiro é sempre o mês do amor, nas mais diversas manifestações. Fevereiro foi um mês muito doce sinto que saboreei cada bocadinho e que, em geral, foi um mês muito generoso mas que voou das minhas mãos.
Huuuummm... o que há para destacar, em Fevereiro?
Foi através do Instagram que descobri uma pastelaria muito especial. De todas as plataformas de comunicação devo confessar que gosto muito do Instagram pela forma imediata e divertida como os conteúdos podem ser divulgados, pelas expressões e hastags, pelos filtros que transformam fotos, enfim, gosto. É no Instagram @quadradosdechocolate que partilho alguns pormenores do dia-a-dia, dos locais onde vou, as refeições que faço. Sigo centenas de pessoas e páginas. São para mim, fontes de inspiração, instantes de memória partilháveis, álbuns de vida e distracções á distancia de um clique.



Foi através do Instagram que descobri "O Chapeleiro"
Se sempre quiseram entrar no mundo do País das maravilhas, esta pastelaria gourmet é provavelmente a experiência mais parecida que terão. O maravilhoso mundo da Alice no País das Maravilhas está de portas abertas na AV. Visconde Nespereira, mesmo em frente ao GNRantion.
Chama-se "O Chapeleiro" é a nova pastelaria gourmet da cidade de Braga, é um espaço elegante, requintado com uma enorme atenção á estética e aos detalhes, que conquistam os clientes.
Cinquenta por cento do nome já prometia que eu poderia vir a gostar do Chapeleiro.
O plano era um lanchinho flash com as amigas para celebrar a amizade, para contar histórias, descobertas, peripécias e vitórias, com encontros doces que nos deixam bem pertinho. A escolha do espaço foi planeada, ainda nenhuma de nós conhecia o espaço por isso decidimos conhecer todas juntas. Fomos praticamente as únicas a ocupar as mesas num sábado á tarde e essa tranquilidade, aliada á excelente localização e ao lanche caprichado, não tem preço.




Este filme de animação é a minha cara!
Mágico e inesquecível... O Alice no País das Maravilhas transporta-nos para um mundo de sonho e fantasia que derrete o coração. Adoro tudo no filme desde as personagens excêntricas ao guião de fazer girar cabeças do inicio ao fim. Alice no País das Maravilhas é uma história intemporal que encaixa em qualquer geração. Em muitas famílias ela passa de mãe para filha. Desta forma ficou em nossas memórias e foi combustível para a nossa imaginação, provando que um dos maiores valores é levar de volta aos adultos o olhar infantil sobre o mundo, misturando os conceitos de tempo, espaço, maldade, justiça, conflitos existenciais e civilidade.
















Toda a decoração foi inspirada na obra de Lewis Carroll. Até a empregada que nos serve se transforma na personagem.
Toda a decoração e cenários foram precisamente inspirados na história. Não faltam livros com as histórias, chávenas de chá, baralhos de cartas, relógios, espelhos, abjures originais em forma de cartola. As cadeiras e as mesas são pitorescas, os tampos das mesas são diferentes a imitar um relógio. O espaço tem todo ele tons de vermelho, preto e muito dourado.
E não é só a decoração que é meticulosamente pensada para que os clientes se sintam dentro do universo da Alice.  Há também bolos caseiros! Para a mesa vieram um muffim de chocolate e dois muffins de laranja com pepitas de chocolate que foram os co-protagonistas perfeitos da ocasião e não desiludiram. O doce do sumo de laranja natural adocicou todas as nossas conversas e os galões aqueceram as mãos de um dia de Fevereiro bem fresco.
Os nossos bolos estavam deliciosos tanto quanto a nossa conversa.






É o tipo de lugar que quero regressar com gosto e vontade. Os bolos, a mesa á janela, uma óptima playlist são apenas a desculpa perfeita para o fazer.
O chapeleiro está aberto todos os dias entre as 6 e as 21:30 horas, disponibilizando também um serviço de refeições diárias económicas desde massas, saladas variadas a pratos tradicionais e apetitosos como arroz de feijão com panados, bolinhos de bacalhau, feijoada, entre outros.
E vocês já conheciam o espaço?