domingo, 22 de julho de 2018

Petisc'art

Petisc'art





Ponte da Barca vila lindíssima, muito pitoresca e calma no mês de Agosto é uma espécie de oásis de boa vida. Há arraiais (S. Bartolomeu, são seis dias de festa rija, aviso já!) vinho verde, prato cheio e o rio Lima para fazer "reset".
Foi num domingo, com uns amigos conhecer algumas das lagoas mais bonitas em Ponte da Barca, paragem obrigatória para quem quer seguir o roteiro turístico da zona. O verde toma conta destes montes cuja presença humana mal se nota.
Vim com a alma cheia e o espaço de memória do telemóvel quase vazio.
São estes dias que dão tempero à nossa rotina e um paladar inesquecível aos dias obsoletos.
E é assim, também que início a minha aventura pelo Petisc'art, um espaço ainda recente que fica no Largo da Misericórdia.



Estavamos deliciados com a golden hour que conseguimos apanhar e aproveitamos para desfrutar um pouco desta tarde de Verão, para abrir ainda mais o apetite, surpresa, das surpresas? Petisc'art estava a um pulinho de nós.
Em altura de santos populares a decoração exterior não podia estar mais bonita, colorida, simples, tudo muito descontraído e com muita pinta, fazia lembrar um arraial. Uma esplanada maravilhosa onde podemos desfrutar de um ambiente mágico, boa música e ainda saborear belos manjares.
Pequeno, íntimo, com uma decoração que liga os elementos rústicos e caseiros, com traços e elementos bem portugueses, o espaço está  desenhado para quem gosta de (bem), estar à mesa. Aqui tudo é inspirado na tradição portuguesa desde a decoração ao nome dos pratos.




Mais do que um restaurante é um espaço que nos leva a viajar no tempo. Com um ambiente muito vintage entramos nas histórias dos vários produtos que nos apresenta. Quem não se lembra das Conservas Minerva? Aqui estamos rodeados de andorinhas, sardinhas de cerâmica, cartazes vintage, uma bicicleta, entre tantas outras coisas.
Um dos pormenores que mais me encantou, os azulejos nas escadas, outro símbolo português,  os tradicionais desenhos em azulejo, que estão espalhados por esse Portugal fora por igrejas, mosteiros, castelos, palácios, universidades, jardins, estações de comboio, halls de hotéis e fachadas de edifícios.
Outro dos pormenores as andorinhas são símbolo de amor e lealdade, mas também de lar e família, sentimentos estes que estão bem enraizados na cultura portuguesa.

























Um grupos de amigos gulosos e tagarelas que partilham as novidades mais fresquinhas e as trivialidades do quotidiano. Adoro reunir boa companhia e cada um pedir um prato diferente para todos degustarem.
Para comer pedimos um hambúrguer Vira com alface, tomate, cebola e queijo cheddar, o hambúrguer Bartolomeu com carne cachena, bacon, cebola caramelizada, grelos salteados, queijo brie e ovo em bolo do caco, pedimos uma sandes tuga e umas tostas com tomate e mozarela.
Veredicto? Achei que tudo estava no ponto, desde a qualidade da carne (senti que estava bem cozinhada e temperada e não que estava a comer borracha seca) o molho das batatas que vinha a acompanhar era viciante. Outro pormenor é que os hambúrgueres são enormes, a senhora  até nos confessou que estão a pensar dar uns babetes para quem comer hambúrgueres.
Para sobremesa, pedimos aquilo que normalmente é uma entrada e que para mim é a grande inovação do espaço, um ferrero rocher de alheira. O resultado é de aparência aos conhecidos bombons de natal, daí o nome "Rocher", mas com pasta da alheira como recheio e finalizado com uma cobertura de amêndoa laminada e com acompanhamento de uma boa compota.




















Para refrescar os lábios e (as ideias!) pedimos um vinho verde da região mas também podem contar com uma vária gama de cervejas.
Se estão de visita à vila, não deixem de passar por este recanto tão especial. Acredito que não se vão arrepender e que vão sair de lá completamente apaixonados. Afinal de contas, os momentos à mesa também são preciosos para a construção de memórias e para a criação de momentos entre amigos.


Até à próxima :)

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