Casa Portuguesa do pastel de bacalhau//Porto

Casa Portuguesa do pastel de bacalhau // Porto

Na terceira semana do mês de Março, com o aumento exponencial de casos de COVID19 aqui em Portugal, foi-me imposta uma quarentena voluntária e neste momento a empresa que trabalho encontra-se em layoff possivelmente até ao fim deste mês
Bem, a saúde em primeiro lugar, principalmente a dos que nos estão mais próximos porque, como já todos sabemos, isto é uma questão de saúde pública.
Após quase três semanas de quarentena e após o choque inicial de uma completa mudança de vida, após as angústias do futuro, resolvi voltar!
Decidi dedicar-me mais aqui ao blogue e distrair-me um bocadinho de toda esta situação, Por isso a partir de hoje até ao fim da quarentena, teremos um post todos os dias ás nove da manhã. Espero que gostem de todos os artigos, comentem, partilhem a vossa opinião para isto ser mais divertido.
Como prometi cá vai mais uma publicação da última vez que visitei o Porto em Novembro do ano passado.
É uma casa Portuguesa com certeza!
A casa Portuguesa do pastel de bacalhau abriu portas junto á Torre dos Clérigos, num edifício com dois andares.
No ano anterior enquanto eu e a minha amiga visitávamos a Livraria Lello os nossos companheiros foram visitar o espaço e compraram pastéis para nós, mas ficou a vontade e uma curiosidade tremenda para conhecer o espaço.
Outra das coisas que mais vontade me fez em provar este pastel foi o comentário da gastrónoma portuguesa Maria de Lurdes Modesto que não teve meias palavras e considerou que o pastel de bacalhau com queijo da serra era uma "verdadeira obscenidade". Na verdade tive que ir tirar as minhas próprias conclusões.

A casa é bem tradicional e antiga mas recriou um ambiente pomposo, com brasões, salões dourados e mais um monte de mimimis.
A casa portuguesa do porto tem um espaço requintado e lindíssimo. Não basta chegar ao salão e fazer o pedido há todo um processo de deslumbre e observação, desde a montra com os pastéis de bacalhau a pousarem gulosos numa superfície giratória até aos magníficos salões. Ah, e reparem no candelabro no tecto, é um sonho.
O espaço é bonito e pode assistir in loco á confecção dos pastéis, pode ainda optar por take-away ou ficar a comer na loja.
A "marca" do pastel vem impressa numa espécie de hóstia, criando aquela impressão de brasão de família real.
O petisco pode ser ou não com o famoso queijo da serra da estrela ( com certificado DOP- denominação de origem protegida), aquele queijo cremoso com leite de ovelha.
Mas tem sempre as duas opções á escolha, o pastel de bacalhau tradicional ou com queijo da serra.
Eles sugerem sempre ser acompanhado por um vinho do Porto, por ser uma combinação doce com o salgado.

Sigamos, o bolinho estava quente, Viva! Porque na verdade não sou muito fã de salgados comidos frios.
A casquinha estava crocante. E logo na primeira mordida o queijo da Serra da estrela escorreu, numa textura bem gostosa!
Acho que na verdade foi muito ousado juntar duas marcas registadas portuguesas ( o bacalhau e o queijo da serra da estrela), numa receita só, mas acho que combinou muito bem.
Basta um para ficarem saciados. E o veredicto? Tão delicioso como imaginava.
Eles não se poupam em rechear o pastel com queijo da serra, o que me leva a aconselhar-vos que levem muitos guardanapos, porque há sempre aquela dentada fulcral em que o queijo explode da boca para os lados e é como se estivéssemos a comer gelado derretido.
E o queijo da serra é mesmo inconfundível de textura suave e amanteigado, só de estar a falar já estou a ficar com água na boca.

Fomos comer o nosso pastel para o último andar que é uma biblioteca onde os clientes podem ler um livro, enquanto provam o pastel e bebem um copo de vinho do porto Taylors White.
O preço pelo pastel foi 3, 50, sendo que o tamanho é superior aos dos que se vendem nas redondezas.


E vocês já conhecem a casa portuguesa do pastel de bacalhau?
Ficaram com curiosidade?
Amanhã novo post ás nove, conto com vocês!