domingo, 19 de janeiro de 2020

Série- Sex Education

Série// Sex Education





Este é o primeiro post do ano. E começo o ano com a partilha de uma série que assisti no final do ano passado e que voltou com uma nova temporada este fim-de-semana.
Confesso que comecei a ver a série por vontade do meu marido, num domingo em que andávamos á procura de séries para assistir os dois. Ele já tinha visto os primeiros episódios, e ainda bem!
Foi a 11 de Janeiro de 2019 que estreou na Netflix "Sex Education" a série que rapidamente se tornou um fenómeno de popularidade.
Em menos de um mês, foi vista por 40 milhões de utilizadores da plataforma de streaming em todo o planeta.
Limitar esta série e definir como a série que fala de sexo, acho pouco. Sim, é muito isso, mas também fala de drogas, da relação com os pais, estatutos, divórcios, assumir a sexualidade.
Esta série conseguiu pegar em todos os clichés da adolescência e das relações ( amorosas e não só) e dar-lhes honestidade e humor. É uma espécie de experiência social.
Nesta história, Otis é filho de um casal de terapeutas sexuais que entretanto se divorciou. O adolescente ficou a viver com a mãe, Jean e cresceu a escutar, ás escondidas, as consultas com os pacientes em casa. Ter passado a adolescência a ouvir conversas sobre sexo de uma certa forma poderia ter feito com que Otis fosse particularmente desenvolvido, e solto, no que toca á sexualidade. A própria mãe faz questão de falar abertamente com o filho sobre o assunto. Mas ainda não é o caso, ele ainda não começou a sua vida sexual.
Otis apanhou o pai a trair a mãe com uma paciente e ficou com um certo constrangimento em relação á sexualidade. Ou seja, na teoria ele é um especialista sobre sexo, mas na prática é um adolescente reprimido. Tudo muda porém, quando Otis se deixa encantar por uma rapariga na escola Maeve que abre uma espécie de consultório de terapia sexual na escola. A ideia é ajudar os colegas a ultrapassar os seus problemas sempre sem os julgar.
Sex Education é uma história de crescimento, é uma série que entra na categoria " coming of age", mas não da forma clássica.
Uma série muito bem escrita , personagens bem construídas, que falam da descoberta da sexualidade e do corpo de forma tão aberta aberta, natural e cómica.
A série traz também uma grande representatividade de personagens tem : negros, brancos, indianos, gays, lésbicas, gordos, magros e não somente aqueles estereótipos que estamos acostumados.
Os meus personagens favoritos são Otis, a sua, algo excêntrica mãe e o seu melhor amigo Eric.
Eric para mim uma das personagens mais interessantes, trabalha a relação entre e sexualidade e a religião. Ele é a minoria dentro da minoria: um homossexual negro, numa família tradicional de origem africana.
Bem certo da sua sexualidade, Eric é um dos pontos de alivio cómico da série, mas não da forma como estamos acostumados a ver. Com suas roupas coloridas, acessórios únicos e makes nada discretas, temos um personagem engraçado, mas bem resolvido e seguro de si.

A segunda temporada chegou á Netflix esta sexta-feira, dia 17 de Janeiro, continua com a mesma filosofia
Resta-me dizer-vos que se apressem para ver para podermos trocar ideias.

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