sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Livraria Centésima Página

Livraria Centésima Página



Querido Novembro




Vamos começar este mês juntos a partilhar coisas bonitas?
Dás-me um feriado, eu dou-te um post sobre um sítio maravilhoso em Braga, pode ser?
Braga é uma cidade de enorme beleza e riqueza patrimonial que alia a tradição á inovação, a memória á juventude á criatividade ao conservadorismo.
Quando eu e as minhas amigas resolvemos passear á quase que um roteiro dos sítios que queremos visitar e foi isso que aconteceu da última vez que visitamos Braga.
A ideia principal era o Brunch no Nórdico Coffee Shop, do que já falei aqui em outro post, mas também visitamos a Livraria Centésima Página.
Muito bem localizada, um espaço exterior calmo e muito agradável em dias de sol, que nos faz sentir numa bolha verde e natural, propiciando uma escapadela da mente em pleno centro da cidade.
A fachada remota ao século XVIII, dela saltam á vista  as molduras das portas e janelas do edifício de dois andares que, desde 2005, acolhe a "Livraria Centésima Página".
Instalada na casa que serviu de residência a Tomé Rolão, um abastado comercial bracarense que se dedicava ao fabrico das sedas. Uma casa de traça barroca desenhada pelo celebre arquitecto bracarense André Soares.
A história do nome da livraria remete para uma citação do filosofo Albert Camus que achei deliciosa: " Se tivesse de escrever um livro de moral, as primeiras noventa e nove páginas escreveria uma só frase: Existe um único dever, o dever de amar".
E desde que nasceu há dez tenta cumprir a regra que o filosofo escreveu na centésima página do seu livro imaginário.
Quando entramos o edifício começamos por subir umas escadas e visitar o andar de cima, com lojas de vestuário, loiça e mobiliário, que são perfeitas para comprar artigos únicos e fora do comum e que merecem, também uma visita.
Bem mas já falamos que a fachada deslumbra, mas o interior é de sonho, estantes repletas de livros desesperadas para que lhes toquemos suavemente na lombada com o indicador e nos percamos na leitura.






Com livros até ao topo, o difícil mesmo vai ser escolher qual o exemplar para levar.
Muito mais do que um local para comprar livros a Centésima Página é um espaço para se conviver com os livros.
A livraria proporciona um ambiente perfeito, tranquilo, sereno, acolhedor e agradável e facilmente esquecemos que estamos no interior de uma loja.
A livraria deixa as suas visitas á vontade para se sentarem a ler o livro que estão a escolher, podendo acompanhar essa história com uma fatia de bolo caseiro, ou se estiver na hora de almoço, por uma sandwiche, uma massa ou uma lasanha disponíveis na cafetaria. Se o tempo convidar, poderá desfrutar do jardim da casa ( na verdade faltou- me visitar o jardim e provar as iguarias caseiras, fica para uma próxima).
Longe de ser uma simples livraria, Centésima Página tem um papel ativo no incentivo á leitura e á cultura, sempre repleta de exposições de fotografia, ilustração , pintura , oferecendo regularmente um calendário de actividades, que conta com a apresentação de livros, workshops, debates, concertos, animações infantis .atelier,  entre outros.





E porque sou uma pessoa que adora trazer recordações de todo o lado acabei por trazer este íman com uma frase de Fernando Pessoa, desta vez "pela mão" de Ricardo Reis, um dos seus heterónimos. Na secundária quando dei Pessoa nas aulas de Português A fiquei completamente fascinada com a sua escrita e com os seus poemas. Sem dúvida que esta é a minha frase preferida de sempre sigo-a como um lema porque acho que cada momento temos que dar 100% de nós! Por fim as minhas meninas fizeram-me a surpresa de me oferecer o íman com a fachada da biblioteca, e eu adorei, ficara guardado como um dia muito especial e em óptima companhia.
Mas claro antes de ir, deixem-me ser cusca e perguntar-vos quais os vossos planos para o fim-se-semana?

Sem comentários:

Enviar um comentário